Pular navegação

Category Archives: blues


Lowell FulsonLowell Fulson foi guitarrista, compositor e uma grande voz do blues. Depois de T-Bone Walker, foi a figura mais importante do West Coast blues em 1940 e 1950. O guitarrista veterano, ativo há mais de meio século, não tinha medo de experimentar, gravou todas as nuances imagináveis do blues, desde o urbano até o blues rústico em dueto de duas guitarras com seu irmão Martin. Como compositor, inspirou interpretações de músicos como BB King, Ray Charles e Otis Redding, e suas composições continuam nos repertórios de bluesmen modernos. De acordo com algumas fontes, Fulson nasceu em uma reserva Choctaw em Oklahoma. E afirmou que era de ascendência Cherokee através de seu pai, mas também alegou ascendência Choctaw. Seu avô paterno tocava violino, e sua mãe cantava e tocava guitarra. Um tio lhe deu uma guitarra quando ele tinha 12 anos, e não muito tempo depois, Lowell Fulson se tornou um homem do blues. Suas influências foram o bluesman Blind Lemon Jefferson e Blind Boy Fuller. Em 1938 entrou para a banda de Dan Wright, composta por duas guitarras, dois bandolins, três violinos e dois banjos. Em 1939, com 18 anos, Lowell Fulson mudou-se para Ada, Oklahoma, e tornou-se o guitarrista acompanhante de Alger ‘Texas’ Alexander, um vocalista e pianista ocasional. Com Alexander aprendeu a arte de improvisar. Depois das viagens como acompanhante, mudou-se para Gainesville, Texas, em 1941, onde trabalhou como cozinheiro e tocou guitarra em bailes nos sábado à noite. Em 1943 ele foi convocado para a Marinha dos EUA. Em tempos de licença assistia ao grande guitarrista T-Bone Walker que teria uma profunda influência sobre a sua carreira pós-guerra. Dispensado da Marinha, em 1945, retornou brevemente para Oklahoma onde se apresentou em pequenas casas noturnas. Em 1946 formou um grupo com o pianista Eldridge McCarthy. Em 1948, gravou o hit ‘Three O’Clock in the Morning Blues’, que foi sucesso de BB King, em 1952, como ‘Three O’clock Blues’. Mais tarde King citou sua dívida musical e admiração por Fulson. Em 1949, seguiu para Califórnia, formando uma banda que incluía um jovem Ray Charles e o saxofonista tenor de jazz Stanley Turrentine que ajudou nos arranjos da banda. Mais tarde, Ray Charles gravaria ‘Sinner’s Prayer’, composição de Fulson.

Lowell Fulson

Matt Roe, Bob Corritore, Bob Tate, Lowell Fulson,
Emerson Carrethers, Jed Allen, and Dr. Fish

Em 1953, Fulson gravou para ‘Aladdin’, em Nova Orleans, e um ano depois começou a gravar para ‘Checker’, uma subsidiária da ‘Chess’, em Dallas. Sua estréia foi a canção ‘Reconsider Baby’, um clássico do blues gravado por vários artistas, desde Elvis Presley a Eric Clapton. Na década de 60 fez várias gravações na etiqueta ‘Kent’ baseada em Los Angeles. Somente em 1965 ele conseguiu sucesso com ‘Black Nights’, seu primeiro sucesso em uma década. ‘Tramp’ foi posteriormente regravada por Otis Redding e Carla Thomas. Em 1966 tocou em vários clubes de Chicago e, dois anos depois, gravou para uma etiqueta de Alabama. Fulson excursionou pela Europa em 1969 e apareceu em 1970 no ‘Ann Arbor Blues Festival’. Ao longo das décadas de 70 e 80, Fulson se apresentou de forma constante em festivais e clubes. Sua carreira foi impulsionada na década de 90, quando gravou o álbum ‘Hold On’ com o pianista e vocalista Jimmy McCracklin e o saxofonista Bobby Forte. Homenagens recentes testemunham a influência duradoura da música de Lowell Fulson. Inquieto e criativo, Lowell nunca parou e é um dos poucos bluesmen que exibe, ao som de sua guitarra, uma abordagem sutil do blues da autêntica escola do pós-guerra de T-Bone Walker. Lowell Fulson, que sofria de doença renal e diabetes e fazia diálise três vezes por semana, durante os últimos cinco anos, morreu de insuficiência renal, em Long Beach, na Califórnia. Ele tinha 77 anos. Apesar de sua doença, ele continuou a trabalhar em seus últimos anos, inclusive em 1998, quando com Mick Jagger, Keith Richards, Robert Plant, Jimmy Page e outros gravou ‘Blues Blues Blues’, um álbum tributo ao cantor de blues Jimmy Rogers.

Lowell Fulson   &nbspLowell Fulson   &nbspLowell Fulson

Hung Down Head (1962)    |    Soul (1966)    |    The Tramp Years (1967)

Hung Down Head
01. That’s All Right 02. I Still Love You Baby 03. Reconsider Baby 04. I Want to Know 05. Low Society 06. Check Yourself 07. It’s All Your Fault Baby 08. Do Me Right 09. Trouble, Trouble 10. Hung Down Head 11. Tollin’ Bells

Soul
01. Change Your Ways [1966] 02. My Asching Back [1966] 03. Little Angel [1965] 04. Blues Around Midnight [1966] 05. Every Time It Rains [1964] 06. Sittin’ Here Thinkin’ [1965] 07. Just One More Time [1964] 08. Ask At Any Door In Time [1966] 09. Black Nights [1965] 10. Talkin’ Woman [1964] 11. Shattered Dreams [1965] 12. Too Many Drivers [1964] 13. Strange Feeling [1964] 14. Trouble I´m In [1965]

The Tramp Years
01. Tramp 02. I’m Sinking 03. No Hard Feeling 04. Get Your Game Up Tight 05. Goin’ Home 06. Two Way Wishing 07. Back Door Key 08. Make A Little Love 09. I Wanna Spend Christmas With You (Part 1) 10. I Wanna Spend Christmas With You (Part 2) 11. The Thing 12. Everything That I Took Away 13. Lost Lover 14. It Takes Money 15. Don’t Bother Me 16. Little Girl 17. Hobo Meetin (Tramp Meetin’) 18. Blues Pain 19. What The Heck 20. The Sweetest Thing 21. Lovin’ Touch 22. Price For Love 23. Blues Soul 24. Pico

Lowell Fulson

Hold On (1992)
(Lowell Fulson & Jimmy McCracklin)

Tracklist
01. Working Man 02. Shake, Rattle and Roll 03. Me and My Woman 04. Ain’t That Sweet 05. Quicker the Better 06. It’s No Need 07. Real Name Is Danger Zone 08. I’m Just a Fool About You 09. Cryin’ Won’t Help 10. Hold On 11. Love Is the Bottom Line

Lowell Fulson

My First Recordings (1997)

Tracklist
01. Western Union Blues 02. Lazy Woman Blues 03. River Blues, Pt. 1 04. River Blues, Pt. 2 05. I Walked All Night 06. Between Midnight And Day 07. The Blues Is Killing Me 08. Did You Ever Feel Lucky 09. I’m Wild About You 10. Three O”Clock Blues 11. Crying Blues (Street Walking Woman) 12. You’re Gonna Miss Me 13. Miss Katy Lee Blues 14. Rambling Blues 15. Fulson Blues 16. San Fransisco Blues 17. I Want To See My Baby 18. Trouble Blues 19. Don’t Be So Evil 20. Black Widow Spider Blues 21. I’m Prison Bound 22. My Baby Left Me 23. Blues With A Feeling 24. Why Can’t You Cry For Me 25. There Is A Time For Everything 26. Lowell Jumps One (Cash Box Boogie)

Lowell Fulson

The Complete Chess Masters (1997)
(50th Anniversary Collection)
CD 1    CD 2

CD 1
01. Reconsider Baby 02. I Believe I’ll Give It Up 03. Lonely Hours 04. Check Yourself 05. Loving You 06. Do Me Right 07. Lonely Hours 08. Check Yourself 09. Trouble, Trouble 10. I Still Love You Baby 11. It’s A Long Time 12. Rollin’ Blues (Instrumental) 13. It’s All Your Fault Baby (It’s Your Own Fault) 14. Tollin’ Bells 15. Smokey Room 16. It Took A Long Time 17. Blues Rhumba 18. Be On Your Merry Way 19. Please Don’t Go 20. Don’t Drive Me Baby 21. You’re Gonna Miss Me 22. Rock ‘Em Dead

CD 2
01. I Wanna Make Love To You 02. You Better Rock This Moring 03. That’s All Right 04. Worry, Worry 05. Coming Home 06. Have You Changed Your Mind 07. K.C. Bound 08. I’m Glad You Reconsidered 09. Low Society 10. Blue Shadows 11. I Want to Know, Parts 1&2 12. So Many Tears 13. Why Don’t You Write Me 14. Hung Down Head 15. Pay Day Blues 16. Shed No Tears 17. Can She (Do It) 18. Trouble with the Blues 19. Love Grows Cold 20. Blue Soul 21. Love N Things 22. Father Time 23. Swinging Party 

Lowell Fulson – You’re Gonna Miss Me (1963)


Tanto quanto eu sei, há apenas esta foto de Charley Patton, com sua guitarra no colo. E a sua autenticidade é contestada. A fotografia pertence a John Tefteller, um famoso colecionador de discos de vinil de 78s. Dizem que entre as fotos e recortes raros encontrados pelos herdeiros no sótão de um dos prédios da gravadora ‘Paramount’ e que foram, posteriormente, arrematados por John em leilão, estava esta foto original. Na época das gravações ela foi copiada por um representante da gravadora para ser usada em propagandas. Charley Patton talvez tenha sido a primeira grande estrela do Delta blues. Sua voz rouca e estilo apaixonado fez dele o rei do Delta. Era uma celebridade e reconhecida era a influência emocional que exercia sobre o público. Simplesmente os trabalhadores deixavam as plantações onde trabalhavam para ouvi-lo tocar. Sua guitarra não foi menos impressionante alimentada com uma batida de aguçado senso rítmico que mais tarde iria plantar sementes no estilo ‘boogie’ de John Lee Hooker. Patton estava longe de ser passivo, quando estava à frente de uma platéia. Não era incomum ele jogar a guitarra entre os joelhos, atrás da cabeça ou nas costas e a usar como um tambor, muito antes de Jimi Hendrix impressionar o público com o seu histrionismo. Charley Patton era uma estrela, uma celebridade genuína. Suas gravações, especialmente o seu primeiro maior sucesso ‘Pony Blues’ podia ser ouvido em todo Mississippi. Patton refletia os tempos difíceis e de difícil convivência. Suas canções preenchidas com letras de narrativas simples tratavam de amores que deram errado. Em muitas vezes injetava sua opinião pessoal com temas sociais, prisão, natureza e moralidade que estava mais relacionado com o blues cantado por mulheres. E ele sintetizou a imagem do cantor de blues da década de 20: uma mulher em cada braço e o consumo de grandes quantidades de cigarro e bebida. Ele teve oito esposas. Ele foi preso pelo menos uma vez. Itinerante, nunca permaneceu no mesmo lugar por muito tempo. Parte do legado de Patton entregue para as gerações seguintes do blues foi a sua propensão para entreter, uma das razões para a sua enorme popularidade. E tão fortes eram as suas habilidades nas suas improvisações e seleções musicais que mesmo sem temas religiosos ainda conseguia manter seu público encantado.

Charlie Patton, conhecido como Charley Patton nasceu entre 1887 e 1891, entre Edwards e Bolton no sul do Mississippi. É considerado por muitos como o pai do blues do Delta e, portanto, uma das mais antigas e importantes figuras da música que a América produziu no século XX. Charley Patton, como a maioria dos cantores da época, era filho de meeiros. Embora ele fosse considerado afro-americano, devido à sua tez clara, houve rumores de que ele fosse mexicano, ou possivelmente tivesse sangue cherokee correndo em suas veias, teoria apoiada por muitos. Na realidade, Patton foi uma mistura das três populações, uma de suas avós era uma cherokee. Em 1900, sua família mudou-se para o norte, para a legendária ‘Dockery Plantation’, uma fazenda de Sunflower County, Mississipi. E foi aí que Patton não resistiu ao feitiço da sua maior influência musical, o guitarrista Henry Sloan que tinha um estilo novo e incomum de tocar. Em 1910, tornou-se intérprete e compositor, já tendo composto ‘Down The Road Dirt Blues’, ‘Banty Rooster Blues’, e a música que mais o identifica ‘Pony Blues’. Por volta de 1914, Patton começou a tocar sua guitarra com Bo, Sam, e Lonnie, membros da família Chatmon, e o guitarrista Walter Vinson. E após a virada da década, com Willie Brown, um guitarrista que mais tarde iria se tornar uma regular presença em suas gravações. Patton continuou a se deslocar, para Memphis, Arkansas e Louisiana. Em 1926, um jovem chamado Robert Johnson começou a seguir Charley Patton e Willie Brown tentando aprender com o veterano guitarrista.

Patton fez sua primeira gravação em 1929, foram catorze canções para o selo Paramount. Tal foi o sucesso que ele foi convidado quatro meses depois, onde gravou 28 músicas adicionais com Henry ‘Son’ Sims no violino. Uma terceira sessão de gravação aconteceu com Patton acompanhado por Son House e Willie Brown na guitarra, e Louise Johnson no piano. Howlin’ Wolf, que se mudou para Dockery em 1926, viu Patton tocar três hipnóticas canções na praça da cidade. Bukka White revelou o desejo de vir a ser um homem famoso como Charley Patton. Em 1933, Charley Patton quase morreu quando sua garganta foi cortada. Em sua última gravação estava em Nova York, em 1934, dois meses antes de sua morte. O certificado de sua morte afirma que morreu de uma doença do coração, em uma casa próxima às plantações da fazenda Dockery, onde tudo começou. Charley Patton está enterrado em Holly Ridge, Mississipi, onde se estabeleceu em 1933, com sua última esposa e parceira de gravações Bertha Lee, filha de um capataz. Sua morte não foi relatada nos jornais. Em 2006, a sua música ‘Pony Blues’ foi incluída na Biblioteca do Congresso’ pela ‘National Recording Preservation Board’ que seleciona, anualmente, músicas consideradas cultural, histórica ou esteticamente significativas.

O artista gráfico e ilustrador Robert Crumb, reconhecido como um dos fundadores do movimento underground dos quadrinhos norteamericanos, e considerado por muitos como uma das figuras mais proeminentes deste movimento, cujo ponto de partida foi a publicação do seu gibi artesanal, Zap Comix, idealizado por ele, também recontou em quadrinhos a história de Charley Patton, com base na biografia escrita por Stephen Calt e Gayle Dean Wardlow.

click aqui para ler a versão em português da história de Robert Crumb
click here to read the english version of Robert Crumb’s history

Duas compilações de valor inestimável. As gravações de Patton têm o mesmo som brilhante mesmo com os silvos e crepitações, por causa da péssima qualidade do original da Paramount e da remasterização. Infelizmente, em alguns de seus trabalhos a guitarra parece abafada. Mas, a voz de Patton é extraordinariamente intensa, pode-se ter uma noção do instrumento poderoso que deve ter sido ao vivo. Nas músicas que ele canta é possível sentir a sua presença gigantesca. Além da sua participação, é destaque a sua poderosa influência em seus contemporâneos: Son House, Robert Johnson, Bessie Smith, Tommy Johnson, Howlin’ Wolf, Ma Rainey, Blind Lemon Jefferson, e outros que estão nas duas compilações. O que torna maior a sua obra é o caminho que ela percorreu, desde Robert Johnson, passando por Louis Armstrong até Bob Dylan que prestou homenagem a ele ao gravar ‘High Water’. Mas, especialmente por Howlin’ Wolf. Quando Willie Dixon teve a idéia de compor ‘Down In The Bottom’ inspirado em ‘Down In The Dirt Road Blues’ de Patton foi em Howlin’ Wolf que ele pensou para gravá-la. Por isso essas compilações fazem todo o sentido, mesmo para o ouvinte casual de blues. São poderosas e irresistíveis provas da potência do blues de Charley Patton e seus efeitos sobre a música e os músicos que vieram a seguir.

charley patton – a spoonful blues

Complete Recordings 1929-1934
CD 1    CD 2    CD 3    CD 4    CD 5

Tracklist: CD 1
01. Pony Blues 02. A Spoonful Blues 03. Down the Dirt Road Blues 04. Prayer of Death (I) 05. Prayer of Death (II) 06. Screamin’ and Hollerin’ The Blues 07. Banty Rooster Blues 08. Tom Rushen Blues 09. It Won’t Be Long 10. Shake It and Break It (But Don’t Let It Fall, Mama) 11. Pea Vine Blues 12. Mississippi Boll Weevil Blues 13. Lord, I’m Discouraged 14. I’m Goin’ Home 15. Snatch It and Grab It – Walter Hawkins 16. A Rag Blues – Walter Hawkins 17. How Come Mama Blues – Walter Hawkins 18. Voice Throwin’ Blues – Walter Hawkins

Tracklist: CD 2
01. Hammer Blues (take 1) 02. I Shall Not Be Moved 03. High Water Everywhere (I) 04. High Water Everywhere (II) 05. I Shall Not Be Moved 06. Rattlesnake Blues 07. Going to Move To Alabama 08. Hammer Blues (take 2) 09. Joe Kirby 10. Frankie and Albert 11. Magnolia Blues 12. Devil Sent the Rain Blues 13. Runnin’ Wild Blues 14. Some Happy Day 15. Mean Black Moan 16. Green River Blues 17. That’s My Man – Edith North Johnson 18. Honey Dripper Blues: No. 2 – Edith North Johnson 19. Eight Hour Woman – Edith North Johnson 20. Nickel’s Worth of Liver Blues: No 2 – Edith North Johnson

Tracklist: CD 3
01. Some of These Days I’ll Be Gone 02. Elder Green Blues (take 2) 03. Jim Lee (I) 04. Jim Lee (II) 05. Mean Black Cat Blues 06. Jesus Is A-Dying (Bed Maker) 07. Elder Green Blues (take 2) 08. When Your Way Gets Dark 09. Some of These Days I’ll Be Gone (take 2) 10. Heart Like Railwood Steel 11. Circle Round the Moon 12. You’re Gonna Need Somebody When You Die 13. Be True, Be True Blues – Henry Sims 14. Farrell Blues – Henry Sims 15. Tell Me Man Blues – Henry Sims 16. Come Back Corrina – Henry Sims

Tracklist: CD 4
01. Some Summer Day 02. Bird Nest Bound 03. Future Blues – Willie Brown 04. M&O Blues – Willie Brown 05. Walkin’ Blues – Son House 06. My Black Mama (I) – Son House 07. My Black Mama (II) – Son House 08. Preachin’ the Blues (I) – Son House 09. Preachin’ the Blues (II) – Son House 10. Dry Spell Blues (I) – Son House 11. Dry Spell Blues (II) – Son House 12. All Night Long Blues (take 1) – Louise Johnson 13. On The Wall – Louise Johnson 14. All Night Long Blues: Take 2 – Louise Johnson 15. By The Moon and Stars – Louise Johnson 16. Long Ways from Home – Louise Johnson

Tracklist: CD 5
01. Dry Well Blues 02. Moon Going Down 03. We All Gonna Face the Rising Sun – Delta Big Four 04. Moaner, Let’s Go Down In The Valley – Delta Big Four 05. Jesus Got His Arms Around Me – Delta Big Four 06. God Won’t Forsake His Own – Delta Big Four 07. I’ll Be Here – Delta Big Four 08. Where Was Eve Sleeping? – Delta Big Four 09. I Know My Time Ain’t Long – Delta Big Four 10. Watch And Pray – Delta Big Four 11. High Sheriff Blues 12. Stone Pony Blues 13. Jersey Bull Blues 14. Hang It on The Wall 15. 34 Blues 16. Love My Stuff 17. Poor Me 18. Revenue Man Blues 19. Troubled ‘Bout My Mother – Patton & Lee 20. Oh Death – Patton & Lee 21. Yellow Bee – Bertha Lee 22. Mind Reader Blues – Bertha Lee

The Definitive Charley Patton (2009)
CD 1  CD 2    CD 3

CD 1: Spoonful Blues
01. Mississippi Boweavil Blues – Charley Patton 02. Bo Weevil Blues – Bessie Smith 03. Screamin’ & Hollerin’ the Blues – Charley Patton 04. Down South Blues – Alberta Hunter 05. Down the Dirt Road Blues – Charley Patton 06. Big Road Blues – Tommy Johnson 07. Pony Blues – Charley Patton 08. Black Horse Blues – Blind Lemon Jefferson 09. Banty Rooster Blues – Charley Patton 10. The Crowing Rooster – Walter Rhodes 11. Pea Vine Blues – Charley Patton 12. Come On in My Kitchen – Robert Johnson 13. Tom Rushen Blues – Charley Patton 14. Booze and Blues – Ma Rainey 15. A Spoonful Blues – Charley Patton 16. Just a Spoonful – Charley Jordan 17. Shake It and Break It – Charley Patton 18. I Don’t Know – Cripple Clarence Lofton 19. Going to Move to Alabama – Charley Patton 20. Jim Jackson’ Kansas City Blues – Jim Jackson 21. Elder Greene Blues – Charley Patton 22. I’m Alabama Bound – Papa Charlie Jackson 23. Frankie & Albert – Charley Patton 24. Leaving Home – Charlie Poole 25. Some These Days I’ll Be Gone – Charley Patton 26. Some of These Days – Ethel Waters

CD 2: Moon Going Down
01. Hammer Blues – Charley Patton 02. Mountain Top Blues – Bessie Smith 03. You’re Gonna Need Somebody When You Die – Charley Patton 04. You’re Gonna Need Somebody On Your Bond – Blind Willie Johnson 05. High Water Everywhere Pt. 1 – Charley Patton 06. Tallahatchie River Blues – Mattie Delaney 07. Jesus is a Dying Bed-Maker – Charley Patton 08. Jesus Make Up My Dying Bed – Blind Willie Johnson 09. Running Wild Blues – Charley Patton 10. Running Wild – Cow Cow Davenport 11. Some Summer Day – Charley Patton 12. Sitting on Top of the World – Mississippi Sheiks 13. Moon Going Down – Charley Patton 14. Crying at Daybreak – Howlin’ Wolf 15. Bird Nest Bound – Charley Patton 16. Bird Nest Blues – Ardell Bragg 17. Jersey Bull Blues – Charley Patton 18. Bull Cow Blues – Bug Bill Broonzy 19. 34 Blues – Charley Patton 20. Forty Four – Howlin’ Wolf 21. Oh Death – Charley Patton 22. Oh Death – Pace Jubilee Singers 23. Poor Me – Charley Patton 24. Cryin’ Blues – Hound Head Henry 25. Yellow Bee – Charley Patton & Bertha Lee 26. Bumble Bee – Memphis Minnie

CD 3: Mississippi Bottom Blues
01. Mama’s Got the Blues – Bessie Smith 02. Bye Bye Blues – Tommy Johnson 03. Clarksdale Moan – Son House 04. Mississippi Bottom Blues – Kid Bailey 05. Banty Rooster – Blind Pete & Partner 06. On the Wall – Louise Johnson 07. Hitch Me to Your Buggy – Casey Bill Weldon 08. Water Coast Blues – David Edwards 09. The Pony Blues – Son House 10. Louise, Louise Blues – Johnny Temple 11. Rowdy Blues – Kid Bailey 12. Down the Big Road Blues – Mattie Delaney 13. Future Blues – Willie Brown 14. Maggie Campbell Blues – Tommy Johnson 15. The Jinx Blues – Son House 16. Dark Road Blues – Poor Boy Lofton 17. Pony Blues – Sonny Boy Nelson 18. If You Haven’t Any Hay – Skip James 19. Saddle My Pony – Howlin’ Wolf 20. Texas Blues – Marshall Owens 21. Turpentine Blues – Casey Bill Weldon 22. Spoonful – Papa Charlie Jackson 23. My Black Mama Pt. 1 – Son House 24. M & O Blues – Willie Brown


Em Washington, DC, no ano de 1972, a banda ‘The Nighthawks’ foi formada, pelo gaitista e vocalista Mark Wenner e pelo guitarrista Jimmy Thackery. Após inúmeras mudanças de pessoal, o line-up se consolidou em 1974, com o baixista Jan Zukowski e o baterista Pete Ragusa. O som era o clássico blues de Chicago das lendas como Muddy Waters e Howlin’ Wolf, e a banda rapidamente encontrou um público ávido que incluía talentos como os guitarristas Roy Buchanan e Danny Gatton. Com o tempo, a banda incluiu elementos do soul e rockabilly, uma mistura de rock e música country, e se tornou uma das bandas que mais se apresentava ao vivo, regularmente 300 shows por ano. A química da banda no palco era incendiária, e normalmente nas aberturas eles se apresentavam com artistas como Muddy Waters, James Cotton e John Hammond.

Com arranjos fortes, mas simples, abrangendo uma variedade de influências e estilos musicais, principalmente clássicos do blues, juntamente com duas canções contemporâneas, a banda lançou seu primeiro álbum, ‘Rock ‘n’ Roll’, em 1975, quando Billy Hancock tentou ressuscitar o selo ‘Aladdin’. O álbum incluía covers dos Rolling Stones e Sonny Boy Williamson e o primeiro single foi a famosa música de Elmore James, ‘Red Hot Mama’. Foi uma estréia muito boa, mas infelizmente a gravadora não tinha recursos para promover o disco. ‘Rock ‘n’ Roll’ mal tinha atingido as ruas e a banda voltou ao estúdio de outra gravadora para gravar ‘Open All Nite’, uma coleção de músicas clássicas do blues. Não satisfeitos com os resultados iniciais, voltaram ao estúdio e regravaram o álbum que foi lançado em 1976. Uma ousadia, já que na época a disco music reinava suprema e o blues estava em baixa. E eles enfrentaram o desafio sendo uma banda de blues de brancos. O álbum recebeu críticas muito favoráveis e foi importante para a banda, expandindo os horizontes, levando à apresentações fora dos círcuitos de clubes e com turnês regulares em Boston, Nova York e Atlanta.

E na cena músical, ‘The Nighthawks’ lançou as bases para outros artistas similares que iriam acompanhá-los no início dos anos 80, incluindo ‘Fabulous Thunderbirds’, Stevie Ray Vaughan e George Thorogood de quem se tornariam amigos e tocariam juntos com ‘George Thorogood & the Destroyers’. Antes do lançamento de ‘Open All Nite’, realizaram uma transmissão de rádio ao vivo, no clube ‘Delly Psique’, em Bethesda, Maryland, um espetáculo que seria lançado no final de 1976. A banda continuaria liberando uma sequência de álbuns até o final da década, com canções originais, entre os habituais covers, além de uma série memorável de turnês. Em 1979, foram convidados para gravar com o bluesman John Hammond. Devido ao sucesso de seus shows ao vivo e álbuns aclamados, a banda assinou com a gravadora ‘Mercury Records’ e lançou um álbum auto-intitulado em 1980 e em seguida ‘Ten Years Live’ em 1982. E aconteceu a primeira viagem da banda à costa oeste, abrindo vários shows de Muddy Waters. E na década de 80 para a Europa e Japão criando um público fiel no exterior.

O período entre 1984 e 1994 viria a ser um período tumultuado, mas ainda satisfatório. Em 1984 a banda adicionou o tecladista Gregg Wetzel, mas em 1986 perderia o guitarrista e fundador Jimmy Thackery que seguiria carreira solo. Antes de sair, porém, a banda deu início à longa turnê ‘Farewell For Now’ com John Lee Hooker, Charlie Musselwhite e Robert Cray. As gravações foram esporádicas ao longo dos anos 80, com lançamento de apenas dois álbuns, mas as turnês continuaram fortemente ao longo dos anos. Durante este período o gaitista e vocalista, e também fundador da banda, Mark Wenner, gravou sozinho acompanhado da banda ‘Bel Airs’. Em meados da década de 90, o estilo da banda de rock blues de raiz voltaria após uma década de hair metal, grunge e rock alternativo. Em 1995, um novo membro juntou-se a banda, Pete Kaneras, e voltaram a contar novamente com os talentos de produção de Steuart Smith. O resultado foi ‘Pain & Paradise’. Com sonoridade suave, mas um poderoso blues, o álbum está entre as melhores gravações de estúdio. Nos anos seguintes, Mark Wenner, Jan Zukowski e Pete Ragusa se juntaram a uma série de guitarristas, incluindo Jimmy Nalls, Warren Haynes, e Solberg Jim. E a banda lançou uma série de álbuns durante esta década. No novo milênio sofreram outra mudança de pessoal com a aposentadoria de Jan Zukowski substituído pelo baixista e vocalista Johnny Castle e na guitarrista Paul Bell. Foi com esse line-up que gravaram dois discos ao vivo: ‘Blue Moon In Your Eye’ e ‘American Landscape’. Em 2010, a banda lançou o acústico ‘Last Train From Bluesville’. Seguiu-se a saída de Pete Ragusa sendo substituído pelo veterano Mark Stutso.

the nighthawks – I told you so

    

Rock ’n’ Roll (1974)    |    Open All Nite (1976)

Rock ’n’ Roll
01. Red Hot Mama (Fine Little Mama) 02. Can’t Get Next To You 03. Keep Cool 04. Bring It On Home 05. Tell The Truth 06. Stop Breakin’ Down 07. Shake And Finger Pop 08. Bright Lights 09. Little Sister 10. Heat Wave 11. Memo From Turner 12. Teenage Nervous Breakdown

Open All Nite
01. Nine Below Zero 02. Help Me 03. Shake Your Money Maker 04. Big Boss Man 05. Little By Little 06. Madison Blues 07. Next Time You See Me 08. That’s Alright 09. Long Distance Call 10. Red Hot Mama

    

Ten Years Live (1982)    |    Pain & Paradise (1995)

Ten Years Live
01. Introduction/Metropolitan Avenue 02. Guard Your Heart 03. Push and Shove 04. Jenny Lou 05. Moving up in Class 06. If You Go 07. Back Stabbing Woman 08. Destination 09. No Secrets/Exit

Pain & Paradise
01. Trouble Comin’ Every Day 02. Shade Tree Mechanic 03. Same Thing 04. The Soul of a Man 05. High Temperature 06. Pain & Paradise 07. Is Love Enough 08. Trouble on the Way 09. I Told You So 10. Snap It

    

Jacks & Kings Vol. I & II (1978)    |    Backtrack (1988)

Jacks & Kings Vol. I & II
01. For You, My Love 02. Come Baby 03. Love Me or Leave Me 04. Dust My Broom 05. (Thank You) Sugar Mama 06. The Sky Is Crying 07. Pinetop’s Boogie Woogie 08. Floyd’s Guitar Blues 09. Walkin’ by Myself 10. Little Queenie 11. Born in Chigago 12. Anna Lee 13. Two Bugs & a Roach 14. Lickin’ Gravy 15. Sea Cruise 16. Nervous Breakdown 17. Rockin’ the Boogie 18. After Hours 19. Mother-in-Law Blues 20. Gotta Get My Baby Back

Backtrack
01. Backtrack 02. Pretty Girls And Cadillacs 03. Screamin’ And Cryin’ 04. Pinetop’s Boogie Woogie 05. On My Job 06. Sugar Mama 07. Hip Shake Mama 08. Sad And Lonesome 09. Nine Below Zero

American Landscape (2009)

Tracklist
01. Big Boy 02. Down in the Hole 03. She Belongs to Me 04. Matchbox 05. Where Do You Go 06. Try It Baby 07. Jana Lea 08. Made Up My Mind 09. Don’t Turn Your Heater Down 10. Most Likely You Go Your Way and I’ll Go Mine 11. Standing in the Way 12. Fishin’ Hole Theme

Pintando Musica *

blues, jazz, soul, rock'n'roll, pop

Pintando Música *

blues, jazz, soul, rock'n'roll, pop